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peripécias de zurique

peripécias de zurique

FIFA BALLON D'OR 2015

E começou a contagem decrescente para a mais fantástica gala futebolística do mundo.

Se nos outros anos já ansiava por esta data com algum fervor e fazia questão de ir até à Red Carpet ver os meus jogadores favoritos de perto, este ano vai ser ainda mais fantástico por estar a trabalhar nos bastidores. A possibilidade de tomar parte activa de um evento desta dimensão é uma experiência extasiante e que, certamente, vai ficar na minha memória.

Depois conto como foi, mas até lá... Ronaldo, Messi ou Neymar?

Algum prognóstico desse lado?

 

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Já não posso com a TAP

Infelizmente vejo-me forçada a voar com a TAP mais vezes do que gostaria, mas juro, em dependendo de mim, nunca mais me punham a vista em cima.

Para além de ser uma das companhias aéreas mais caras da Europa (basta comparar o mesmo trajecto no site da TAP e da Swiss, algo que faço muitas vezes, para confirmar), sai-se de vez em quando com decisões destas, prepotentes e gananciosas. Como se os preços dos voos na época natalícia não rondassem já os limítes do ridículo...

Neste Natal, ide pró raio que vos parta, que nos vossos aviões é que eu não ponho os pés. Cambada de oportunistas.

Nos entretantos, por aqui vai-se tremendo de frio

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 A neve deu um ar de sua graça no Sábado ao fim do dia, mas nada que jeito tivesse. Só uns farrapos mínimos, para isso mais valia ter estado quieta. O frio, esse veio em força, mas a neve branquinha e bonita... nem vê-la!

Enfim, cá nos vamos aguentando e arreganhando o dente. Principalmente eu, que tenho que apanhar o eléctrico todas as manhãs e todas as noites e durante o caminho até à paragem quase entro em hipotermia!

O que me vai dando ânimo é saber que o Natal está aí à porta e com ele, Portugal!

 

Together, for Paris, we stand

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Os ataques de sexta-feira em Paris deixaram-me horrorizada.

 

Tinha saído para jantar e quando chegamos a casa e nos deparámos com aquele cenário sangrento ficámos em choque. Só desligámos a televisão já a noite ia longa e depois de termos conseguido contactar todos os que nos são próximos e que poderiam, como tantos outros, ter estado no sítio errado, à hora errada.

 

Pensando melhor,  o que é errado é tudo o resto. Tudo menos os 129 inocentes que perderam a vida, e as restantes largas dezenas de feridos. Esses não fizeram nada de errado. Apenas se limitaram a seguir com as suas vidas, pacificamente, numa normal sexta-feira à noite. Até que alguém, em nome de crenças que não justificam os actos, em nome de um Deus que me recuso a acreditar ter algum dia pedido por isto, chega e mata, assim, por nada.

 

Não sou de preconceitos, não tolero a discriminação generalizada. Mas acredito que enfrentamos um problema de mentalidades baseado no que uma significativa fracção da população mundial acredita. E entendo que a França está agora com falta de soluções politicamente correctas. Infelizmente, chegou o momento em que não haverá outra escolha senão generalizar.

 

Tenho para mim que a Europa, como a conhecemos hoje, deixará em breve de existir. Como sempre, recebemos liberdades valiosas que não soubemos conservar. Lamentamo-nos da opressão, da vigilância, da falta de liberdade e depois... quando essa liberdade é conquistada, usamo-la para este tipo de actos.

 

Falo de nós enquanto humanidade, a continuar assim, quanto mais tempo irá este mundo durar?

 

Durante o fim-de-semana, o mundo inteiro veio unir-se em gritos de revolta, apoio e solidariedade com Paris. Esta união massiva emociona-me, de todas as vezes. Os franceses, em geral, e os parisienses, em particular, não estão sozinhos. A França vai reerguer-se, aos poucos, mais forte e unida.

 

Por Paris, os nossos corações batem como um só.

 

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Pois que tenho vindo a falar de mudanças

De abandonar um emprego, de encontrar outro ainda melhor... e tudo isso. Mas ainda não tinha falado concretamente do que se andava a passar.

 

A verdade é que, depois de tudo o que falei nos posts anteriores, a minha vida andava mesmo a precisar de uma reviravolta. E essa reviravolta começou a dar um ar da sua graça em finais de Julho quando recebi uma chamada telefónica que me fez chorar de emoção. O meu currículo tinha despertado curiosidade algures nos escritórios da empresa onde sonhava trabalhar desde o momento em que cheguei a Zurique. Importa aqui dizer que desde o primeiro mês que passei nesta cidade comecei a tentar entrar na organização e de tempos a tempos enviei candidaturas espontâneas e tentei a minha sorte em posições abertas, mas nunca tinha sido sequer chamada para um entrevista. O meu pai sempre me disse que era lá que me via a trabalhar, e de cada vez que alguém me perguntava pelo meu emprego de sonho este nome vinha à tona.

 

E eis que esse dia chegou. Depois de algumas conversas telefónicas, convidaram-me para uma entrevista, depois outra e ainda outra. Confesso que nunca, ao longo de todo o processo, me permiti a criação de expectativas. Há muito que queria trabalhar nesta empresa e a posição era realmente interessante. Mas eu sou a personificação da ansiedade e tenho uma grande tendência para me recriminar quando falho, por isso nunca quis verdadeiramente acreditar que iria conseguir o trabalho. Fui passando cada fase um tanto ou quanto na desportiva, não falei a quase ninguém sobre o assunto, fui mais descontraída do que é comum para as entrevistas e nunca acreditei que tivesse realmente uma hipótese. Deep down, sempre me disse "pfff, já é uma sorte teres tido a oportunidade de privar com quem lá trabalha e de conhecer o edifício, não peças muito mais."

 

Mas contra todas as minhas perspectivas (e as do meu pai, que a maçã não cai longe da árvore) e exactamente como previsto pelo MQT, a coisa deu-se.

 

Acho que por muitos anos que viva, nunca vou esquecer aquele dia. Não me lembro dos detalhes, do que vestia, da hora a que o telefone tocou, se fazia sol ou chovia a cântaros. Fiquei tão atordoada que tudo o resto me passou ao lado. Assim que o telefone tocou e a notícia chegou, desfiz-me em agradecimentos e meias frases de alegria extrema e mal-disfarçada, e dei sinal ao MQT para me acompanhar até à rua para lhe poder dar a notícia sem reservas. Depois do entusiasmo inicial, seguiu-se o pânico. Como nunca realmente concebi a ideia de conseguir aquele emprego, nunca antevi a saída do emprego actual. Como já aqui falei, custou-me horrores dar a notícia à minha chefe, e ainda que tivesse planeado esperar um ou dois dias para lhe falar no assunto, entrei numa espiral de ansiedade que culminou comigo a contar-lhe tudo nessa mesma tarde.

 

A notícia chegou a 21 de Julho, para iniciar o contrato a 1 de Outubro e a partir daí parece que os dias se arrastaram mais lentos do que nunca. Se já não estava satisfeita com o trabalho que estava a fazer, esta nova perspectiva veio tornar os meus dias ainda mais difíceis. Tinha ainda muito para fazer, uma nova pessoa para treinar, muita coisa para encerrar e muito pouca vontade de continuar. Mas o tempo eventualmente passou, tirei alguns dias de férias pelo meio e num abrir-e-fechar de olhos já era Outubro.

 

No primeiro dia do mês do Outono atravessei os portões desta casa que agora também é minha, the Home of FIFA. E esta aventura alucinante começou para mim. Não sei quanto tempo vai durar, pode ser que até nem gostem do meu trabalho ou talvez um dia eu perceba que não sou feliz aqui. E se olharmos para a polémica que tem rodeado este organismo nos últimos tempos, até há quem não lhe dê muitos anos de vida. Mas por agora, a realidade de trabalhar numa organização tão universal e completa como esta e numa indústria que me faz vibrar tanto como é o caso do futebol, são motivos suficientes para sorrir, muito.

 

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Suíça quer mais mulheres a gerir grandes empresas

De há uns tempos para cá, o Observador faz parte da minha rotina diária de visitas e passou a ser, a par do querido Sapo, uma das minhas principais fontes de informação.

Para além das notícias, tem sempre reportagens interessantes, artigos de opinião e um grande talento para explicar as problemáticas actuais de que ouvimos falar todos os dias mas que muitas vezes não compreendemos bem.

 

De salientar hoje esta notícia, que a mim particularmente me interessa, e que passo a transcrever:

 

"A Suíça quer mais mulheres à frente dos negócios do país. O Governo apresentou um projeto de lei para que os conselhos de administração e os quadros de gestão das grandes empresas, tenham, pelo menos, 30% de mulheres, avança o Financial Times. Caso seja aprovado, terá sido dado mais um passo pela igualdade de género na Europa.

Esta semana, o Governo alemão também indicou que vai avançar com uma medida que estabelece um limite mínimo de 30% de mulheres em cargos de administração, mas a iniciativa do Executivo suíço vai mais além e inclui os cargos de gestão sénior no limite mínimo de 30%.

Uma vez aprovada, a medida terá de ser cumprida em cinco anos, mas não estão previstas sanções para as empresas que não cumprirem com a quota. Contudo, terão de justificar o incumprimento e apresentar medidas para melhorar o rácio da igualdade de género no futuro.

“É uma vergonha que tenhamos de precisar de quotas, mas a verdade é que as medidas voluntárias [das empresas] ainda não deram o retorno que precisamos”, disse Eleanor Tabi Haller-Jorden, presidente do Paradigm Forum, um think-tank suíço, acrescentando que para que a medida resulte também é preciso mudar a cultura das empresas.

A proposta do Governo vai ser discutida no Parlamento e o CVP, partido do centro-direita, já avançou que vai rejeitá-la. No universo empresarial suíço, não existe nenhuma mulher a presidir uma grande empresa e apenas Nayla Havek, da Swatch, representa o universo feminino na presidência não executiva.

Na última década, têm sido várias as iniciativas que visam incluir mais mulheres nas administrações das empresas. Em 2003, a Noruega avançou com uma medida para que 40% dos cargos de administração fossem ocupados por mulheres. França, Holanda e Espanha foram os países que se seguiram.

Segundo dados da empresa de recrutamento de topo Heidrick and Struggles, divulgados pelo Financial Times, as mulheres ocupavam cerca de 17% dos conselhos de administração de empresas europeias em 2013. Em 2011, ocupavam cerca de 12%. A Noruega é o país exemplo, com 39% dos cargos de direção a serem ocupados por mulheres, ao qual se segue a Finlândia e a Suécia, com 27%."

Referendo Ecopop: Suíços rejeitam restrições de imigração

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Os eleitores suíços rejeitaram definitivamente a proposta para reduzir a imigração líquida para um máximo de 0,2% da população.

26 cantões do país rejeitaram a proposta, com cerca de 74% das pessoas a votarem “não” no referendo de Domingo.

Os defensores da medida argumentam que esta reduziria a pressão sobre os recursos do país. Os adversários contrapõem que esta traria efeitos nefastos à economia.

Cerca de um quarto dos oito milhões de pessoas na Suíça são estrangeiros.

A medida teria exigido que o governo reduzisse a imigração de cerca de 80.000 para 16.000 pessoas por ano.

Segundo o sistema de democracia directa da Suíça, os cidadãos podem forçar um referendo se reunirem assinaturas suficientes de apoio a uma determinada medida.

O país votou favoravelmente em Fevereiro, para re-introduzir quotas de imigração, resultando na exclusão de um acordo de livre circulação com a União Europeia.

O governo terá agora de implementar o resultado desse referendo, que causou tumulto nas relações com a UE.

Dois outros referendos tiveram também lugar no Domingo: um para forçar o Banco Central a aumentar as reservas de ouro e outro sobre o fim das vantagens fiscais para estrangeiros abastados.

Também estes referendos não conseguiram obter apoio suficiente para que as medidas passem a lei.

 

'Ecopop'

O nome desta proposta de emigração teve origem no movimento suíço com mais de 40 anos de antiguidade Ecopop, que procura vincular a protecção ambiental com controlo do crescimento demográfico.

 

Imogen Foulkes, correspondente da BBC em Genebra, diz que ainda que o desemprego seja baixo e os padrões de vida alto, muitos suíços estão preocupados com a superlotação e degradação ambiental.

A população da Suíça cresceu mais de um milhão em 20 anos, e é actualmente 8,2 milhões. Cerca de 23% dos seus habitantes são estrangeiros, a maioria deles de países da UE.

No ano passado, a imigração líquida rondou os 81.000, de acordo com a emissora pública Swiss Info.

Os defensores da medida afirmam que restringir a imigração iria salvaguardar o ambiente da Suíça, reduzindo a necessidade de novas ligações de transportes e habitações.

A proposta também inclui uma medida para limitar a superpopulação no exterior, dedicando 10% de ajuda externa da Suíça para o planeamento familiar nos países em desenvolvimento.

Os opositores, entre eles todos os principais partidos políticos, argumentam que as propostas seriam negativas para a economia, porque os líderes empresariais precisam de ser capazes de recrutar mão de obra qualificada de toda a Europa.

Teme-se também que, se aprovada, a medida poderia colocar o país em violação dos seus compromissos internacionais e danificar a sua imagem.

Muitos grupos ambientais sugerem que, se o povo suíço quer realmente proteger o meio ambiente, este deve ajustar o seu próprio estilo de vida, reporta o correspondente da BBC em Genebra, Imogen Foulkes.

 

original pela BBC aqui.

Ainda sobre a iniciativa do Ecopop

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Este artigo da Gazeta Lusófona:

 

A Suíça vai de novo a referendo com a iniciativa da Ecopop, no próximo dia 30 de novembro. Uma iniciativa que propõe limitar a entrada de estrangeiros no país helvético, de uma forma radical. Ou seja, esta iniciativa é muito mais restritiva do que aquela que foi a referendo no passado dia 9 de fevereiro, e que deverá, de algum modo, entrar em vigor no próximo ano, mesmo se as negociações com Bruxelas já tiveram início, já que até à data ainda não foi encontrada uma solução. Existe um mal-estar em alguns sectores da sociedade helvética, e isso é evidente, por muito que se queira escamotear a situação. O certo é que muitos estrangeiros cada vez mais trabalham em situação de precariedade, no sector da construção, dado que as centenas de agências de trabalho temporário, que operam no mercado de trabalho helvético, não podem garantir contratos longos e estáveis a nenhum trabalhador. Muito deles já começaram a recorrer ao fundo de desemprego helvético e as ordens superiores são as de que todos os conselheiros, do instituto de desemprego helvético, sancionem à mínima falta por parte do desempregado. Quantas mais sanções, mais o Fundo de desemprego helvético poupa aos seus cofres. E quem não tiver direito ao fundo de desemprego corre o risco de ver a sua autorização de estadia cancelada por parte das autoridades da migração helvética.

Em conversa com o deputado pela emigração, Carlos Gonçalves, foi-nos confirmada a existência da lei que isenta os reformados emigrantes de pagarem o IRS, por um período de 10 anos, quando regressarem ao nosso país. O formulário em questão é modelo 3, anexo L, para residente não habitual. Sabíamos que o decreto-lei existia, mas também sabemos que a lei tem sido ambígua para muitos portugueses quando regressam ao nosso país e que são confrontados com taxas IRS exorbitantes, até porque a sua reforma provém de anos de trabalho em países de acolhimento, nos quais as taxas ficais são bem inferiores àquelas que infelizmente são praticadas no nosso país.

 

Original aqui.

17 things that change forever when you live abroad

 

Li isto no blog da Diana, Portuguese Girl with American Dreams, cuja leitura desde já recomendo, e não poderia concordar mais com cada ponto.

É um facto, tudo muda. Para alguns, para pior. Mas para muitos, para melhor e é por isso que decidem nunca regressar. Eu incluo-me no segundo grupo, está claro. Ora atentem:

 

1. A adrenalina torna-se parte da tua vida 

Desde o momento em que decides viver fora, a tua vida transforma-se num remoinho de emoções - aprender, improvisar, lidar com o desconhecido. Todos os teus sentidos ficam mais apurados, e por algum tempo a palavra "rotina" desaparece do teu vocabulário e dá lugar à aventura e adrenalina. Novos lugares, novos hábitos, novos desafios, novas pessoas. Começar tudo de novo deveria assustar-te, mas pelo contrario, torna-se viciante. 

 

2. Quando voltas...Tudo parece o mesmo.

Quando tens alguns dias de férias e voltas à tua terra, parece que nada mudou. A tua vida tem mudado a uma velocidade tremenda, e quando voltas estás pronto para partilhar todas as tuas aventuras. Mas em casa a vida continua na mesma. Todos continuam com as suas tarefas diárias e de repente percebes que a vida não pára para ti. 

 

3. Ficas sem palavras, mas ao mesmo tempo tens tanto para contar

Quando alguém te pergunta como é a tua nova vida, faltam-te palavras para descrever a tua experiência. No entanto, a meio de uma conversa, algo te lembra uma aventura que tiveste e tens que dobrar a língua para não aborreceres todos à tua volta com as tuas historias e para que não soe que estás a ser pretensioso. 

 

4. Apercebes-te que a coragem não é tudo

Várias pessoas dizem que és muito corajoso e que também gostariam de viver fora, mas que tem medo. E tu pensas nas vezes em que estiveste assustado e sabes que coragem está relacionado apenas com 10%  das tuas decisões e que 90% está relacionado com a extrema força de vontade que tens. Queres fazê-lo? Tens verdadeiramente vontade de o fazer? Então vai em frente. Desde o momento em que decidimos dar o salto, não somos nem cobardes nem corajosos, todas as advertências que vão aparecendo, nós vamos lidando com elas. 

 

5. E de repente estás livre. 

Sempre foste livre, mas a liberdade parece diferente. Agora que deixaste para trás o conforto que tinhas em casa, tu sentes-te capaz de fazer qualquer coisa!

 

6. Não falas uma língua em particular.

Por vezes, sem intenção deixas sair uma palavra de uma outra língua. Quando interages diariamente com várias línguas, aprendes e desaprendes ao mesmo tempo. Dás por ti a ler na tua língua materna, para que não fique enferrujada. 

 

7. Aprendes a dizer adeus e a aproveitares a tua própria companhia

Apercebeste que a maior parte das coisas e das pessoas que entram na tua vida são temporárias e instintivamente aprendes a desvalorizar a importância da maior parte das situações. Aprendes o balanço perfeito entre criar laços e deixar partir - uma batalha entre a nostalgia e o pragmatismo. 

 

8. Normal? O que é normal?

Viver fora e viajar faz-te perceber que o que é considerado "normal", significa apenas que é cultural e socialmente aceite. Quando entras numa cultura e sociedade diferentes, a tua noção de normalidade cai por completo. Aprendes que existem outras formas de fazer as coisas, e passado algum tempo, tu também começas a fazê-las. Aprendes também a conhecer-te melhor e a crescer.

 

9. Aprendes a ser paciente e a pedir ajuda. 

Quando se vive fora, uma simples tarefa pode-se tornar num grande desafio. Documentação necessária, encontrar a palavra certa, apanhar o autocarro. Existem sempre momentos de stress, mas tu tens tanta paciência (que nem sabias que tinhas), que aceitas e pedes ajuda sempre que seja necessário.

 

10. A nostalgia apanha-te quando menos esperas.

Uma comida, uma música, um cheiro. Um pequeno pormenor pode dar-te tremenda saudade de casa. Sentes saudades dessas pequenas coisas e darias tudo para voltar atrás no tempo, mesmo que fosse apenas por um pequeno instante.

 

11. Tu mudas.

Tenho a certeza que já ouviste falar de viagens que mudam a nossa vida. Viver fora é uma viagem que irá mudar profundamente a tua vida e aquilo que és. Irá abanar com as tuas raízes, certezas e medos. Talvez, no inicio não te apercebas ou sequer acredites. Mas, depois de algum tempo, será claro para ti. Tu tens cicatrizes, tu envolveste-te. Tu mudaste.

 

12. E não há forma de voltares atrás.

Agora sabes o significado de deixar o conforto e começar tudo de novo. E sabes o quanto tudo isto é maravilhoso. Como poderias escolher não viajar e partir à descoberta?

 

 

A versão original, em espanhol, pode ser encontrada no blog Más Edimburgo

 

O que diz a iniciativa aprovada pelos suíços em referendo

O texto da iniciativa aprovada este domingo na Suíça determina que a Suíça passa a “gerir de forma autónoma a imigração de estrangeiros”, devendo determinar o número de autorizações concedidas anualmente. Estas serão fixadas “em função dos interesses económicos globais da Suíça e no respeito pelo princípio de preferência nacional”, isto é, que um suíço volta a ter vantagem face a um estrangeiro na obtenção de determinado lugar.

 

As novas quotas vão valer para todas as autorizações, incluindo pedidos de asilo. A avaliação de um pedido de autorização de permanência terá particularmente em conta “o pedido de um empregador, a capacidade de integração [de quem pede] e uma fonte de rendimentos suficientemente autónoma”. O direito de residência, assim como o direito ao reagrupamento familiar e às prestações sociais podem ser limitados, define-se também.

 

Nenhum tratado internacional contrário a estas novas disposições será aprovado, diz ainda a iniciativa, que dá ao conselho federal três anos para renegociar os tratados contrários ao agora aprovado.

 
in Público

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