Já passaram mais de duas desde que chegámos à maravilhosa cidade de Otelfingen, e sobre este lugar, pouco ou nada vos tenho dito. Para informações genéricas sobre este pequeno paraíso, podem ver na wikipedia (aqui) em Inglês, porque o artigo Português não tem nada de nada. Quanto a mim, posso dizer-vos que este lugar lindíssimo, com a beleza típica de uma aldeia tradicional da Suíça, faz lembrar as paisagens austríacas que só se vêm nos filmes. Casas muito típicas, mas com o máximo conforto e modernidade de interiores são o forte por estas bandas. Depois temos vastos campos e florestas a perder de vista. E toda a pequena cidade é feita a pensar no bem-estar dos seus habitantes: é rodeada por uma pista para ciclistas/patinadores/peões, que incentiva a actividades ao ar livre e em família, e não há lugar onde esta pista não chegue. E tudo ganha uma beleza ainda mais intensa quando neva. Foi o que aconteceu nos últimos dias da semana que passou. E sem sombra de dúvida, o branco é a cor mais bonita do mundo. Tudo ganha um novo encanto, de cortar a respiração. E somos dominados pela vontade de voltar a ser crianças, faltar è escola e passar o dia a brincar na neve... Era bom, mas o trabalho chamou por mim, e tive de ir na mesma. Tenho pena de ainda não ter tido a oportunidade para dar uns passeios e conhecer a zona, mas está prometido para um fim-de-semana próximo uma ida à cidade de Zurique, com os nossos queridos vizinhos como guias.
Primeiro dia no escritório, tudo preparado de véspera, tudo planeado ao pormenor, horas definidas, dois despertadores para não adormecer mas... um deles avariado e o outro programado para a hora errada! Eis que o despertador me acorda 15 minutos antes da minha hora de entrada. Bonito! Enfim, milagrosamente e à velocidade da luz lá consegui vestir-me e preparar-me e voar para lá preparada para ouvir um ralhete. And it was great! Felizmente eles são muito relaxados no que toca a horários, desde que se cumpram as 8h diárias. Então no lugar de uma recepção tempestiva, tive uma bastante agradável acompanhada de um cartaz de boas-vindas amarelo e alguns presentes - chocolate suíço (do bom!!) e uma plantinha toda catita para pôr na minha secretária e cuidar dela todos os dias! Pondo de parte tudo o que se diz sobre a arrogância, frieza e antipatia dos suíços e todos os preconceitos relativos à sua reputação, eu tenho de admitir que quer no escritório, quer aqui no prédio, todos foram extremamente acolhedores, simpáticos e prestáveis. Quanto ao facto de arranjar casa, foi bem mais fácil do que esperávamos. Não é do conhecimento geral, mas normalmente é muitíssimo difícil encontrar uma "toca" na Suíça. Nas imobiliárias há gigantescas listas de espera para os poucos espaços disponíveis, e a maior parte dos que têm um preço aceitável são muito velhos ou mal localizados. Mas encontrámos um apartamento impecável, relativamente novo e numa vila encantadora. Fomos ver logo no dia em que chegámos a Zurique e, sorte das sortes: a casa pertencia a um senhorio particular, sem qualquer agência como intermediária. Ele gostou de nós, apesar das dezenas de pessoas que já tinham visto a casa, e pronto! E é aqui que o conceito de antipatia e frieza dos suíços se torna surreal: Na primeira manhã em que acordámos no nº 1 da Kirchgasse encontrámos à nossa porta um tabuleiro com um fantástico e variado pequeno-almoço e algumas coisas de primeira necessidade que fossem necessárias, presentes de boas-vindas da nossa vizinha de cima: simpática, amorosa, acolhedora e... suíça de gema. Tenho apenas a acrescentar que, com muita pena minha, ainda não tive tempo para passear e por isso não há fotos para ninguém, mas não percam a próxima peripécia, porque nós... também não!
E para já não há muitas novidades. Quero apenas notificar os que se preocupam, e os curiosos também, de que chegámos bem e a viagem não teve percalços (pelo menos desta vez!!). Em princípio já arranjámos casa, vamos assinar o contrato esta tarde. E pronto, depois conto pormenores e mostro fotografias.
Todos os conteúdos publicados neste blog estão registados na Inspecção Geral das Actividades Culturais, pelo que qualquer reprodução dos mesmos requer uma autorização prévia por parte da autora. O uso indevido ou para efeitos comerciais de textos ou imagens da autora poderá dar origem a processo judicial.